Tenho uma característica
predominante que deve ser óbvia para qualquer pessoa que me conheça há
algum tempo: tenho um grande auto conhecimento. Em tudo o que faço, consigo
observar-me como se fosse uma desconhecida. […] Esta auto consciência nunca me
abandona e, de cada vez que abro a boca penso: “Devias ter dito isso de outra maneira”
ou “Foi bem dito”. Condeno-me de tantas maneiras que estou a começar a perceber
a verdade do adágio do Papá: “Cada criança tem de ser educar a si própria.”
Anne preenche folhas e folhas do seu diário, durante os dois anos que passou em clandestinidade. O fato de que teve de manter-se de pé naquelas circunstâncias tão peculiares, fez com que amadurecesse mais rápido do que os outros jovens de sua idade.